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Obesidade infantil é doença


Obesidade infantil é doença

Até há algum tempo, era comum representar-se a criança obesa “esparramada” no sofá, assistindo à TV, com um saco de salgadinho em uma mão e um copo de refrigerante na outra. Essa imagem leva a que muitos indivíduos, inclusive profissionais da área de saúde, resumam a criança obesa a uma condição de pessoa “comilona e preguiçosa”. A pergunta que deveríamos fazer, entretanto, é: por que essa criança é assim? Por que ela prefere a TV às outras atividades menos sedentárias? Por que ela troca o prazer de soltar pipa pelo prazer de comer? Por que ela não gosta de esporte? Por que ela come mais que as outras crianças? Se nos propusermos a responder a essas e outras perguntas semelhantes, conseguiremos penetrar melhor no mundo de cada uma dessas crianças e entender que essa condição final que enxergamos é possivelmente o resultado e não a causa de um problema.

Apesar de as estatísticas oficiais serem um pouco desatualizadas, pode-se dizer que talvez apenas 10 ou 20% das crianças obesas são assim porque simplesmente sempre comeram muito. Essa minoria de casos encontra-se dentro daquelas famílias em que a mãe, o pai e os filhos são obesos. É uma obesidade que poderíamos chamar de “cultural”; a família toda sempre comeu muito e a criança cresce nesse ambiente.

Há, ainda, uma proporção pequena de crianças, cerca de 5%, que desenvolvem obesidade por problemas médicos mais palpáveis. Doenças endocrinológicas pouco comuns, como hipotireoidismo e hipercortisolismo; uso de certas medicações por tempo prolongado; doenças cerebrais que afetem o controle da fome; doenças genéticas raras, como a Síndrome de Prader-Willi, entre tantos outros quadros.

O problema é que a grande maioria dos casos não é assim. Hoje se acredita que os aspectos psico-sociais do ambiente familiar em que a criança se desenvolve desempenham papel fundamental no início e na manutenção do processo. Questões como vinculação inadequada entre pais e filhos, problemas de auto-estima dos pais, relações de simbiose ou de competição, alcoolismo e droga-adição na família, separações, frustrações consecutivas, dificuldades na educação e no estabelecimento de limites, entre outros problemas, levam a que a criança comece a buscar no alimento sua fonte de prazer, de satisfação das frustrações, de fuga de sua realidade ou de busca de seu espaço no mundo. Com certeza, de alguma forma, a busca do controle desses problemas “paralelos” deverá estar sempre presente, ainda que de forma sutil e indireta, no tratamento da criança obesa. Muito mais importante que se pensar em uma “dieta” ou que se apostar todas as fichas em uma “doença da tireoide  é preciso, na maioria dos casos, detectar e modificar estilos de vida, comportamentos, crenças, crendices, superstições, ideologias, etc. Se a criança está obesa, ele tem uma doença como outra qualquer. Ninguém condena um hipertenso por ter pressão alta; ninguém fica indignado quando uma pessoa não consegue sarar de uma rinite alérgica. Mas quase todo mundo ainda olha para uma criança obesa como “comilona e preguiçosa”. É preciso, urgentemente, demolir essa ideia e buscar o caminho mais adequado para cada caso. Somente assim a família, junto ao médico nutrólogo, conseguirá ajudar a criança obesa a curar-se, sem impingir a ela sofrimentos desnecessários e infrutíferos, além daqueles que a própria obesidade já pode estar lhe causando.

Texto – Prof. Dr. e Diretor da  ABRAN, Carlos Alberto Nogueira.

http://abran.org.br/para-publico/obesidade-infantil-e-doenca/

 


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