Pâncreas

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• Pancreatite aguda
• Pancreatite crônica
• Cistos pancreáticos
• Câncer de Pancrêas





Pancreatite aguda


O pâncreas é um órgão com duas funções básicas: produção de substâncias ( enzimas ) com a função de digestão de alimentos e produção de hormônios (insulina/glucagon) que controlam os níveis de açúcar ( glicose ) do sangue. O acometimento deste órgão por uma doença compromete estas funções.

A pancreatite aguda é uma inflamação que pode ser de parte ou todo o órgão, devendo ser considerada como grave, pois pode acometer órgãos vizinhos ou à distância.

As causas de pancreatite podem ser: biliar( pedras da vesícula que se deslocam e impedem o escoamento das substâncias produzidas pelo pâncreas ); alcoolismo ( alto índice no Brasil ); medicamentos (corticóides, imunodepressores e outros); tumor do pâncreas (que obstrui os canalículos); traumatismo abdominal; e dislipidimias (distúrbios com os níveis de colesterol e triglicérides).

O paciente queixa-se de muita dor na região do estômago com irradiação para as costas de início súbito. Pode apresentar náuseas, vômitos, febre e icterícia ( olhos amarelados ). Ao receber um paciente nestas condições o médico deve afastar outras doenças e exames para comprovar o diagnóstico. O exame de sangue mais importante é a dosagem da amilase. Outros de fundamental importância são a ultrasonografia e a tomografia computadorizada.

O tratamento inicial é basicamente clínico, ou seja, jejum, hidratação venosa, analgesia e antibiótiocos (quando necessário). A cirurgia é indicada apenas em complicações da pancreatite, como necrose ou infecção bacteriana grave.

Após a resolução da pancreatite, deve-se tratar a causa da mesma, que nos casos de pancreatite de origem biliar, é a retirada da vesícula, a ser realizada por videolaparoscopia.




Pancreatite crônica


É uma inflamação contínua do órgão, onde gradativamente vai comprometendo suas funções principais: produção de substâncias para digestão e hormônios para controle dos níveis de açúcar ( glicose ) do sangue. A principal causa da doença é o alcoolismo que está diretamente relacionado com a quantidade ingerida e com sua freqüência. A grande maioria dos pacientes são homens com cerca de 25 a 40 anos de idade.

Os sintomas aparecem quando o paciente apresenta surtos de inflamação (dor abdominal na região do estômago com irradiação para as costas). Muitas vezes, o diagnóstico é feito na investigação para outras doenças como síndrome dispéptica ( má digestão ) ou até mesmo diabetes. A realização de ultra-sonografia abdominal é um dos exames mais importantes para o diagnóstico.

Durante os surtos é imprescindível a abstinência de álcool. O jejum, hidratação endovenosa e analgésicos potentes aliviam a dor. Por vezes, pode ser necessário o bloqueio dos nervos que inervam o pâncreas para alivio de dor contínua.

O tratamento é paliativo, ou seja, tenta-se corrigir as funções do pâncreas, administrando enzimas ( em cápsulas ) para facilitar a digestão e controle dos níveis de açúcar ( glicose ) do sangue. O tratamento cirúrgico é guardado para aliviar os quadros de dor abdominal persistente, sem melhora com medicamentos, obstrução dos canais pancreáticos de escoamento das enzimas e câncer pancreático.





Cistos pancreáticos


A palavra cisto significa uma formação capsular com conteúdo líquido em seu interior. No caso dos cistos pancreáticos são preenchidos por suco pancreático, sangue ou secreção purulenta (pus). Os tipos mais comuns são: cistos formados por necrose (após uma pancreatite aguda), cistos benignos e cistos malignos (câncer cístico do pâncreas).

Os cistos necróticos se formam quando ocorre um extravasamento de suco pancreático fora de seus ductos, atingindo o interior do pâncreas e órgãos vizinhos. Desta maneira ocorrerá a “digestão” dos tecidos formando um resíduo necrótico. Como não há uma cápsula verdadeira, e sim formada por fibrose provocada por reação do corpo à inlfamação, estes cistos são chamados PSEUDOCISTOS.

Os cistos benignos são geralmente achados incidentais de exames de check-up. Dividem-se em dois grupos, os cistoadenomas serosos e os mucinosos. Sua diferenciação é de fundamental importância, pois os serosos não precisam de tratamento específico enquanto que os mucinosos devem ser operados, pois apresentam risco de malignização.

Nos casos de cistoadenoma mucinoso ou na hipótese de não conseguir certeza de tratar-se de cistoadenoma seroso, a cirurgia pode ser feita por VIDEOLAPAROSCOPIA, com todas as vantagens da cirurgia minimamente invasiva.




Câncer de Pâncreas


O câncer do pâncreas continua sendo um problema de saúde mundial. O índice de mortalidade é elevado. Aproximadamente 1% a 4% dos pacientes com o câncer de pâncreas vivem mais de 5 anos. Esses altos índices de mortalidade ocorrem devido à dificuldade no diagnóstico, à agressividade da doença e à falta de terapêutica eficaz. O risco de desenvolver o câncer do pâncreas é pequeno nas 3 ou 4 primeiras décadas de vida, aumentando significativamente após os 50 anos, sendo o pico de incidência entre 65 e 80 anos. Há uma pequena predominância no sexo masculino.

Estudos recentes têm demonstrado fatores etiológicos importantes para o câncer de pâncreas, dentre estes: fatores ambientais, médicos ou cirúrgicos, hereditários e ocupacionais. Nos fatores ambientais salientase o uso do cigarro, sendo este o mais bem definido fator etiológico entre outras classes para o câncer de pâncreas. O risco está diretamente relacionado com a quantidade e com o tempo de utilização do tabaco. O risco diminui em torno de 30%, em comparação aos não fumantes, após 10 anos sem fumar. Outro fator ambiental importante é a dieta, onde está bem comprovado que a alta ingesta de gordura e carnes aumenta o risco, ao passo que a ingesta de frutas, vegetais, alimentos ricos em fibras e vitamina C reduz o risco. Existe um dilema em confirmar ou não a associação da ingesta exacerbada de bebidas alcóolicas e café com o aumento do risco para o desenvolvimento do câncer de pâncreas. Dentre os fatores médicos encontramos o diabetes melitus como uma manifestação e como fator causador, sendo que essa relação não bem compreendida. Já a pancreatite crônica demonstra nítido aumento deste risco.

Os sintomas mais comuns variam de acordo com a localização do tumor no órgão, sendo a icterícia ( olhos amarelados ) o sintoma mais comum do tumor da cabeça de pâncreas. Outro sintoma, mas que aparece no tumor avançado é a dor que, inicialmente, pode ser de pequena intensidade; mas, habitualmente, é de forte intensidade, localizada na parte média a alta das costas. Outros sinais e sintomas que estão sempre associados são a perda do apetite e do peso. O aumento do nível sangüíneo da glicose está quase sempre presente, provavelmente por destruição e diminuição do funcionamento das células produtoras de insulina (hormônio responsável pela diminuição do nível de glicose no sangue).

O diagnóstico é, na maioria das vezes, realizado tardiamente, sendo feito através da história clínica associada à exames laboratoriais e de imagem, como a tomografia computadorizada do abdome, ressonância nuclear magnética e colangiografia pancreática endoscópica retrogada ( procedimento endoscópico com injeção de contraste de forma retrógrada pelas vias biliares e pelo canal pancreático que permite visualizarmos alterações em seus trajetos que são indicativos do câncer pancreático ). Como vimos anteriormente, o diagnóstico do câncer de pâncreas é de difícil realização na fase precoce e não existe nenhum método bem definido que possa ser utilizado como rastreamento para o diagnóstico precoce, a não ser os estudos genéticos (em andamento e ainda sem aplicabilidade clínica) para detecção precoce nos casos familiares.




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